Tenho em mim
Um segredo que o mundo guardava
A revelação que não se esperava,
Uma dor incontrolada
que a razão aprisionava.
E em segredo,
Essa dor chorava,
Entre gritos atropelada;
Se por dentro matava,
Por fora, um rio derramava.
Em tristes passos poéticos
Deslindava uma torrente
(Eram palavras de uma crente)
Onde as rimas definhavam
E os sentidos deliravam.
Foram momentos de paz,
Uma calma rabiscada pela sensação
Cada linha, metáfora da ação;
No fim, suspiro de resignação
E a marca da desorientação.
Hoje sou maior
E tamanho não tem valor.
Cresci à procura de mim
E me tornei assim,
Sabendo que não há fim!
E se a um ateu
É permitido o dom de acreditar
Então que o amor me venha acordar
E a cantar, me venha abraçar;
Nesse dia, voltarei a sonhar!
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