Pouca força nos pedais
Fui viúva do que vivi
Fui prisioneira do que senti
Moldei-me à tua imagem
Mas de ti, só miragem
Reinventei-me a teu gosto
E perdi-me no teu rosto
Não sou mais que um nada cansado
Não sou mais que um processo queimado
Nessa luz que irradiavas
Minha ilusão criavas
E nesse fundo carvão de ti
Em chamas me perdi
Sou menos terra que mar
Sou mais vida que azar
Sou poeta de um passado
Ainda emaranhado
Sou metade de tudo o que podia ter vivido
Sou a memória do que podia ter sentido
Quero ser poeta do presente
Um pouco insano e demente...
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